sexta-feira, 24 de maio de 2013

Rio e Brasília recebem mostra de cinema iraniano



O cinema iraniano é marcado por duas características básicas: a sensibilidade única comum à grande maioria dos títulos e o rígido controle do governo, que determina autorização especial para que um filme seja rodado no país. Com isso, muitos cineastas precisam ir contra as leis do Estado para realizar suas obras. Este é o caso, por exemplo, de Mohammad Rasoulof e Jafar Panahi, condenados a seis anos de prisão em 2010.
 
Os dois diretores – o primeiro premiado como Melhor Direção na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes de 2011, e o segundo ganhador do Urso de Prata de Melhor Roteiro no Festival de Berlim deste ano – são os homenageados da Caixa Cultural Rio e Brasília. A mostra “Mohammad Rasoulof e Jafar Panahi: Cineastas Iranianos” começou ontem e vai até o dia 2 de junho na capital fluminense. Serão exibidos 12 filmes que promovem uma reflexão acerca da sociedade iraniana e suas raízes.
 
Os destaques ficam por conta do filme Adeus, de Rasoulof, que mostra o exílio como saída e encontro da liberdade individual; e O Círculo, de Panahi, que centra-se na questão da prostituição feminina no país. O evento ainda terá a exibição do documentário A Onda Verde, de Ali Samadi Ahadi, que mostra a repressão e os protestos desencadeados pela reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em 2009.
 
Com exibições de terça a domingo, o festival fica apenas duas semanas em cartaz. A exibição em Brasília, que começou no último dia 18, termina já no próximo domingo, 26 de maio, enquanto a mostra do Rio de Janeiro ainda continua até o dia 2 de junho.
 
Confira a programação completa da edição carioca:
 
22 de maio (quarta-feira)
17h – A Antena, de Mohammad Rasoulof (2008, 65 min, 12 anos, digital)
19h – A Onda Verde, de Ali Samadi Ahadi (Alemanha, 2010, 80 min, 12 anos, digital)
 
23 de maio (quinta-feira)
15h30 – Ilha de Ferro, de Mohammad Rasoulof (2005, 90 min, 10 anos, 35mm)
17h30 – Isto Não é um Filme, de Jafar Panahi e Motjaba Mirtahmasb (Irã, 2010, 75 min, 12 anos, digital)
19h – Debate “Cinema e autoridade estatal, realidade e interditos: como filmar no Irã?”. Mediação: Tatiana Monassa
 
24 de maio (sexta-feira)
17h – O Balão Branco, de Jafar Panahi (1995, 85 min, livre, 35mm)
19h – O Espelho, de Jafar Panahi (1997, 90 min, 14 anos, 35mm)
 
25 de maio (sábado)
17h – Ouro Carmim, de Jafar Panahi (2003, 97 min, 12 anos, 35mm)
19h – O Crepúsculo, de Mohammad Rasoulof (2002, 83 min, 12 anos, digital)
 
26 de maio (domingo)
17h – O Círculo, de Jafar Panahi (Irã/Itália/Suíça, 2000, 90 min, 14 anos, 35mm)
19h – Os Campos Brancos, de Mohammad Rasoulof (2009, 93 min, 12 anos, digital)
 
28 de maio (terça-feira)
17h – O Crepúsculo, de Mohammad Rasoulof (Irã, 2002, 83 min, 12 anos, digital)
19h – Fora de Jogo, de Jafar Panahi  (2006, 93min, 14 anos, 35mm)
 
29 de maio (quarta-feira)
17h – O Balão Branco, de Jafar Panahi (1995, 85 min, livre, 35mm)
19h – Os Campos Brancos, de Mohammad Rasoulof (2009, 92 min, 12 anos, digital)
 
30 de maio (quinta-feira)
17h – “A onda verde”, de Ali Samadi Ahadi (Alemanha, 2010, 80 min, 12 anos, digital)
19h – “Isto não é um filme”, de Jafar Panahi e Motjaba Mirtahmasb (2010, 75 min, 12 anos, digital)
 
31 de maio (sexta-feira)
17h – Ouro Carmim, de Jafar Panahi (2003, 97 min, 12 anos, 35mm)
19h – A antena, de Mohammad Rasoulof (2008, 65 min, 12 anos, digital)
 
1º de junho (sábado)
17h – O Ccírculo, de Jafar Panahi (Irã/Itália/Suíça, 2000, 90 min, 14 anos, 35mm)
19h – Adeus, de Mohammad Rasoulof (2011, 100 min, 14 anos, digital) 
 
2 de junho (domingo)
17h – O Espelho, de Jafar Panahi (1997, 95 min, 14 anos, 35mm)
19h – Ilha de Ferro, de Mohammad Rasoulof ( 2005, 90 min, 10 anos, 35mm)
 
Fonte: Cinema em Cena por Luísa Teixeira de Paula

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