sábado, 31 de dezembro de 2011

O documentário no Brasil: como é feito e onde é assistido?

Se falar sobre cinema nacional já é falar para um público menor do que o dos blockbusters norte-americanos, imagine então falar sobre documentários nacionais? Quantos de seus filmes preferidos são documentários? E quantos são documentários brasileiros?
Conversei com Carla Maia (pesquisadora pela UFMG, organizadora do forumdoc.bh e co-diretora do documentário Roda) e com Leonardo Souza e Daniel Accioly (diretor e produtor, respectivamente, do documentário Mais de Três Foi o Diabo que Fez) para falar sobre a produção de documentários no país, a aceitação do formato perante o público, como esses filmes chegam ao público, entre outras questões.

Histórico.doc

O documentário sempre esteve presente na história do cinema, conforme Carla lembra: “O cinema nasceu documentário, quando a primeira câmera registrou o primeiro trem [A Chegada do Trem na Estação, dos irmãos Lumiére], digamos assim. Por isso, claro que ele é importante para o cinema, é o documentário que lança o cinema no mundo. Mesmo num filme de ficção, a potência documental está nessa relação com o mundo e com o outro. Essa abertura ao que vem do outro, ao que não pode ser controlado nem roteirizado é o que me interessa no documentário”.
E o que interessa à Carla também interessou aos cineastas brasileiros desde o princípio. Segundo Gustavo Soranz Gonçalves, em seu artigo Panorama do Documentário no Brasil, as primeiras exibições no país ocorreram ainda no final do século 19, com pequenas produções que mostravam a Baía de Guanabara e outras belezas regionais. Esses filmes ficaram conhecidos como “tomadas de vista” e duraram pela primeira década do século 20, seguida de mais 20 anos marcados por filmes etnográficos realizados por antropólogos.
Entre os nomes que marcaram o documentário no Brasil, temos o cineasta mineiro Humberto Mauro como um dos precursores. Durante os mais de 30 anos em que dirigiu o INCE - Instituto Nacional do Cinema Educativo – Mauro realizou mais de 300 curtas educativos, marcados pelo caráter didático aliado ao seu estilo único. 



Divulgação


Mas foi Eduardo Coutinho quem realizou um dos principais marcos da história do documentário nacional: Cabra Marcado Para Morrer, sobre o assassinato do líder campesino João Pedro Teixeira, ocorrido em 1962. O longa teve suas filmagens interrompidas em 1964, em decorrência da ditadura militar, e foi concluído apenas 20 anos depois, tornando-se imediatamente um clássico do nosso cinema. Coutinho seguiu como principal nome do documentário brasileiro contemporâneo, tendo feito outros filmes aclamados, como Santo ForteEdifício Master Jogo de Cena. Em 2011, ele lançou Canções.
Não podemos deixar de lembrar também de João Moreira Salles (Nelson FreireNotícias de uma Guerra ParticularEntreatos e Santiago) e de Vladimir Carvalho (O País de São SaruêO Engenho de Zé LinsRock Brasília) como nomes fortes entre os documentaristas brasileiros fundamentais para a nossa filmografia.



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Carla Maia estreou na direção neste ano com o documentário Roda (co-dirigido por Raquel Junqueira), filmando vários encontros e retratando a história da velha guarda do samba de Belo Horizonte. O filme já foi exibido algumas vezes na capital mineira, mas ainda não possui um distribuidor.
Ela explica como o projeto foi viabilizado: “Roda foi filmado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, edital de 2005/2006. Conseguimos o recurso e fizemos o filme de modo bem simples, com equipe pequena. Daí o dinheiro acabou e continuamos trabalhando com o filme, mas com dificuldade, porque precisávamos cuidar da vida prática, conseguir trabalhos remunerados e etc. Em 2008, o filme foi aprovado no Edital 2009/2010 do Filme em Minas, patrocinado pela Cemig, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. Recebemos, com isso, um bom recurso para finalizar o filme, acabar a montagem e finalizar o tratamento de imagem e som. Logo, o Roda é um filme inteiramente viabilizado através de recursos públicos, via editais, não houve captação direta”.
Já os amigos Daniel Accioly e Leonardo Silva decidiram realizar um documentário enquanto cursavam a faculdade de Cinema da PUC-Rio. Com recursos próprios, eles realizaram Mais de Três Foi o Diabo Que Fez, um curta-metragem de 15 minutos que fala sobre a música "Você Não Soube Me Amar", o maior hit da Blitz, famosa banda brasileira de rock dos anos 80. Os diretores esperam exibir o filme em festivais durante 2012, ano em que a banda completará 30 anos. Confira o trailer:


O diretor do curta, Leonardo Souza, explica que o mais difícil é o processo de distribuição: “Sem dúvida, quando se está na faculdade de Cinema com várias pessoas querendo aprender a produzir e a fazer um filme, acaba não sendo algo tão difícil devido à disposição de todos e à entrega que temos. Já na hora de distribuir, a coisa muda um pouco. Estamos mexendo com grana de meios de comunicação, e aí as coisas não dependem somente de você e da sua vontade, o que torna o processo um pouco mais difícil”.
Já o produtor Daniel Accioly afirma que a pior parte é o processo burocrático da aquisição de direitos autorais: “A música tem quatro autores e cada um editou em uma editora. E cada editora tem uma política específica. Então, esse intervalo de tempo foi usado para vencer etapa por etapa, com muita cautela. Ainda temos trabalho burocrático para terminar, mas a pior parte foi concluída. Por isso, podemos afirmar com tranquilidade que a parte da filmagem foi a mais simples”.
Para Carla, a filmagem também não é um bicho de sete cabeças. Segundo ela, filmar um documentário muitas vezes pode ser mais fácil do que uma ficção: “Em termos práticos e generalizando, documentário pode ser mais simples porque exige menos equipe e menos ‘parafernália’, o que significa menos recurso... Sai mais barato, na maioria dos casos”.
Mas, afinal: quantas ficções são lançadas comercialmente para cada documentário que chega ao cinemas? Um dos motivos para a predominância de um formato sobre o outro é que a ficção pode ser mais abrangente e pode englobar mais gêneros do que o documentário. Outro é que a aceitação do público é maior em relação à ficção, seja pela familiaridade com o formato (mais encontrado também na televisão e nos livros, por exemplo), seja pela maior facilidade de processos de identificação que a ficção pode oferecer. De qualquer maneira, Carla garante que a aceitação dos documentários é boa nos festivais: “Fora do circuito comercial, vejo um aumento do interesse pelo documentário. A criação e manutenção de festivais de documentários no Brasil são prova disso. O forumdoc.bh, que organizo, tem sempre um público muito bom e interessado".

Festivais.doc


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É um consenso que os festivais são de suma importância para os documentários, como afirma a pesquisadora: “Os festivais acabam por ser um importante espaço de visibilidade para a maior parte dos documentários realizados no Brasil. Além disso, eles formam público, ou seja, qualificam os futuros realizadores”.
Segundo Leonardo Souza: “Os festivais se apresentam como verdadeiros fóruns e são a janela para mostrarmos nossos filmes ao público. Não faz sentido produzir se aquela obra não pode ser vista e em seqüência debatida. Tudo faz parte de um ciclo... Ciclo essencial para nós, que estamos começando”.
Daniel Accioly concorda: “O documentário, por ter um menor alcance dentro das grandes mídias, se torna viável e consagrado em função dos diversos festivais, uns com mais recursos, apoiados por grandes empresas, outros de menor porte, movidos por pessoas apaixonadas que desejam com unhas e dentes propagar esse ruído. Esse gênero vive dessa paixão, e os festivais alimentam e são alimentados por essa paixão”.



Divulgação



A importância dos festivais não está apenas no Brasil. Talvez seja por isso que os documentários possuem categorias exclusivas nas principais premiações do mundo. Alguns documentários brasileiros já viraram destaque nessas premiações, como foi o caso de Lixo Extraordinário (co-produção inglesa, filmada no Rio de Janeiro, a partir do trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz), indicado ao Oscar da categoria este ano. Devemos citar também Senna, sobre o campeão da Fórmula 1 Ayrton Senna, com direção de Asif Kapadia (de Um Guerreiro Solitário), que venceu como melhor documentário na escolha da audiência do Festival de Sundance de 2011 e foi um dos cinco melhores documentários do ano, segundo a tradicional National Board of Review.
Mas, além das premiações e festivais, esses filmes costumam fazer algum sucesso? Quanto a isto, os números ainda são tímidos. De acordo com dados da Ancine, no período de 1995 a 2009, pouco mais de 2,6 milhões de pessoas foram assistir a algum documentário nacional no circuito comercial, o que representa 2% do público geral de filmes nacionais do período. 
No Brasil, muitos documentários são exibidos apenas em festivais específicos. O melhor exemplo é o É Tudo Verdade. Um dos principais festivais do gênero da América Latina, o evento foi idealizado pelo crítico Amir Labaki. Outro festival dedicado ao documentário é o forumdoc.bh, que, além da exibição gratuita de filmes com caráter documental, também conta com palestras e debates.
No entanto, para a organizadora do forumdoc.bh, o problema da restrição de filmes a festivais também atinge as ficções: "No Brasil, a produção aumentou muito, mas o gargalo da exibição ainda é muito estreito, deixa muita coisa de fora", afirma Carla. "É preciso criar circuitos alternativos. Os realizadores também têm de se dar conta da importância e potência desse circuito de exibição em pontos de cultura, centros culturais, não dá para querer só o 'cinemão'... As pequenas salas improvisadas no interior, fora dos eixos das capitais do Sudeste, chegam até um público carente de atividades culturais. É preciso investir nesse circuito."
Então, o que você, leitor e cinéfilo, pode fazer para que os documentários brasileiros tenham maior visibilidade? É simples: dê uma chance a eles. Vá aos festivais e apoie com o seu ingresso quando os filmes chegarem aos cinemas.
Leonardo explica por que o formato é fascinante: “O documentário cumpre um papel muito interessante, e por mais didático que ele possa ser em certos casos, a sua principal função, e o que mais me motiva a fazer documentários, é a possibilidade de contar uma história sob um ponto de vista que ainda não foi contado. Sem falar que o documentário estimula o debate”. E Daniel conclui: “O formato é atrativo por seu teor humano, é uma grande ferramenta social. Permite ao espectador visitar realidades tão distintas sem, geograficamente, se mover. Todo lugar tem uma história boa que vai gerar emoção em quem assistir. Esta é a função do documentário”.

Fonte: Cinema em Cena

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Abertas as inscrições para o prêmio ABC 2012

Estão abertas, até o dia 29 de fevereiro, as inscrições para os prêmios ABC 2012. A premiação, realizada pela Associação Brasileira de Cinematografia, ocorrerá no dia 12 de maio de 2012, durante a Semana ABC, em São Paulo.
Podem se inscrever os diretores de fotografia de obras nos seguintes formatos: curta-metragem, publicidade, programa de TV e filme estudantil.
Além disso, há também uma premiação para longas-metragens em quatro diferentes categorias: Melhor Direção de Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem e Melhor Som. Os filmes exibidos comercialmente em 2011 serão inscritos automaticamente.
Para consultar o regulamento e fazer sua inscrição, acesse o site oficial da ABC.

Fonte: Cinema em Cena

Brasil ganhou quase 200 salas de cinema em 2011

De acordo com os dados revelados no Boletim Filme B, o país ganhou 198 salas de cinema distribuídas por 53 complexos cinematográficos, em 2011. Com isso, o número total de salas no país foi de 2.206, em 2010, para 2.370, em 2011 - isto porque neste ano 34 salas foram fechadas (embora em alguns poucos casos seja apenas temporário, para reformas). A expansão foi 14,5% maior do que a ocorrida no ano passado.
O país não alcança este número desde 1979, quando o ano foi encerrado com 2.937 salas.
As empresas de maior destaque foram o grupo Cinépolis e o Espaço de Cinema, cada uma com 29 novas salas, distribuídas em quatro e cinco complexos, respectivamente. A rede Cinemark, responsável pelo maior market share (31,7% de todas as salas) do país, ficou na terceira posição com 26 inaugurações (distribuídas em quatro complexos).
Curiosamente, a cidade que mais possuía salas de cinema foi também a que mais ganhou. São Paulo recebeu 57 novas salas (28,7% do total), seguida de outras cidades do eixo Sul-Sudeste: Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.
No entanto, algumas cidades mais afastadas desse eixo também ganharam novos cinemas neste ano, como Campo Grande/MS (Grupo Cinépolis), João Pessoa/PB (Espaço de Cinema), Palmas/TO (Cinemark) e Rio Branco/AC (Cinematográfica Araújo).
A última empresa citada foi a quarta colocada no ranking, com a abertura de 14 novas salas (em três complexos). A Araújo se destacou também por investir em telas gigantes e sistemas de som IMM Sound System em seus cinemas. O grupo mineiro Cineart foi o quinto colocado com 12 novas salas (em dois complexos).

Fonte: Cinema em Cena

XINGU é selecionado para o Festival de Berlim


João Miguel e Caio Blat estrelam o filme sobre a criação do Parque Nacional do Xingu

Xingu, novo filme dirigido por Cao Hamburger (O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias) será exibido na 62ª edição do Festival de Berlim, que ocorre de 9 a 19 de fevereiro, na capital da Alemanha.
O produtor do filme, o cineasta Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira), antecipou ao Cinema em Cena que Xingu foi selecionado para a sessão Panorama, que acontece paralelamente à mostra competitiva principal e é dedicada a apresentar novos trabalhos que se caracterizam pela assinatura de seus autores, sejam eles novatos ou renomados. Também são distribuídos prêmios na sessão Panorama, geralmente por júris independentes, como o da FIPRESCI (Federação Internacional dos Críticos de Cinema).
O press-release anunciando a escolha da produção brasileira para o Festival de Berlim deverá ser divulgado pela organização do evento na próxima segunda-feira.
No ano passado, Tropa de Elite 2, de José Padilha, foi exibido na sessão Panorama. Em 2008, o primeiro Tropa ganhou o Urso de Ouro, premiação máxima do festival.
Xingu narra a trajetória dos desbravadores irmãos Villas-Bôas (interpretados por João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat), fundadores do Parque Nacional do Xingu, uma das maiores reservas indígenas do mundo. O longa teve sua pré-estreia nacional como filme de abertura do Amazonas Film Festival, em novembro, e tem previsão de lançamento no circuito brasileiro para 6 de abril.

Fonte: Cinema em Cena

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

1º Curta TeleImage



Por trás de um bom filme, sempre há um bom roteiro. Alias, não há um filme, sem um roteiro. Pensando nisso, a TeleImage desafia os roteiristas com o concurso de roteiros de curtas metragens de ficção e de documentários com duração de até 20 minutos.
Não importa quantos anos você tem nem sua experiência profissional na produção audiovisual. Basta que tenha um roteiro original! Apenas duas importantes condições: os roteiros não poderão estar em processo de produção e nem serem de filmes já realizados. Para mais detalhes, dá uma olhada no regulamento.
Serão selecionados 02 (dois) roteiros, que receberão como prêmio todo o processo de finalização de imagem e som do filme. Legal, né!? Os projetos deverão conter um projeto técnico e o roteiro de até 20 minutos. Rolou um interesse? Então, inscreva-se aqui!
As inscrições encerram no dia 15 de março e o resultado final será anunciado no dia 15 de abril! Boa sorte, roteiristas!

Mostra Cine MPB

Hoje, vemos o cinema e a música como artes que trabalham juntas. Para a última geração, não há cinema sem trilha sonora, ao mesmo tempo, que não há músico que não utilize da linguagem audiovisual para divulgar sua música. Mas não foi sempre assim. Foi sobretudo depois da criação do videoclipe que essas duas artes não se desgrudaram mais.
O documentário musical, no qual a linguagem cinematográfica retrata a boa e velha música, é uma das combinações em que elas mais uma vez estão unidas. Pensando nisso, o Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo organizou a mostra Cine MPB, uma retrospectiva de documentários que abordam artistas e períodos musicais da música brasileira.
Interessou?! Então, fique ligado na programação que o CCBB ainda vai soltar. Sabe-se até agora que a Mostra terá 17 títulos e rolará entre os dias 4 e 15 de janeiro de 2011, com o ingresso apenas a R$ 4. Vai perder?
Os filmes serão:
- Fabricando Tom Zé, de Décio de Mattos Jr.
- Loki – Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle
- Filhos de João – O Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas
- Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei, de Micael Langer, Claudio Manoel e Calvito Leal
- Samba Riachão, de Jorge Alfredo
- Cartola, de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira
- Elza, de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan
- Vinícius, de Miguel Faria Jr.
- Botinada! A Origem do Punk no Brasil, de Gastão Moreira
- Rock Brasília, de Vladimir Carvalho
- Fala Tu, de Guilherme Coelho
- Daquele Instante em Diante, de Rogerio Velloso
- Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal, de Marco Abujamra
- Titãs, A Vida Até Parece Uma Festa, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
- Paulinho da Viola – Meu Tempo É Hoje, de Izabel Jaguaribe
- O Milagre de Santa Luzia, de Sergio Roizenblit
- Gretchen – Filme Estrada, de Eliane Brum & Paschoal Samora

É mole?! Selecionamos trailers de alguns desses filmes para você dar uma olhada:
Filhos de João – O Admirável Mundo Novo Baiano 


Rock Brasília – Era de Ouro 



Cartola – Música para os Olhos 





Centro Cultural Banco do Brasil (SP)
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Sé
Telefones: (11) 3113-3651 / (11) 3113-3649

Conheça os dez filmes mais pirateados de 2011

Foi divulgada nesta semana, no site Torrentfreak, a lista com os filmes mais pirateados de 2011. A estimativa é feita de acordo com o número de downloads no BitTorrent, um dos programas de compartilhamento de arquivos mais utilizados no mundo.
O filme "vencedor" é Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, com pouco mais de 9 milhões de downloads. Surpreendentemente, alguns sucessos de bilheteria e parte de grandes franquias como Transformers 3 e Piratas do Caribe 4 não estão na lista.
A boa notícia é que os downloads ilegais tiveram uma grande queda em relação a 2010. O "campeão" do ano passado, Avatar, teve mais de 16 milhões de downloads, quase o dobro do resultado de Velozes e Furiosos 5 neste ano.
Confira a lista dos 10 mais pirateados, que inclui, além do número de downloads, a bilheteria (em dólares) arrecadada pelos filmes:
1º - Velozes e Furiosos 5: Operação Rio - 9,26 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 626 milhões
2º - Se Beber, Não Case! Parte 2 - 8,84 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 581 milhões
3º - Thor - 8,33 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 449 milhões
4º - Contra o Tempo - 7,91 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 123 milhões
5º - Eu Sou o Número Quatro - 7,67 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 144 milhões
6º - Sucker Punch - Mundo Surreal 7,2 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 89 milhões
7º - 127 Horas - 6,91 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 60 milhões
8º - Rango - 6,48 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 245 milhões
9º - O Discurso do Rei - 6,25 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 414 milhões
10º - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 - 6,03 milhões de downloads; Bilheteria: US$ 1,3 bilhão

Fonte: Cinema em Cena

Confira o cartaz oficial da 84ª cerimônia do OSCAR

Foi divulgado hoje o cartaz oficial da 84ª cerimônia do Oscar. O tema é "Celebrate the movies in all of us", algo como "Celebrar o cinema em todos nós". Confira:


Cartaz da 84º cerimônia do Oscar


O design foi feito por Anthony Goldschmidt, Mark Crawford e Karen Crawford, da empresa Blood&Chocolate. No cartaz, podemos ver imagens de oito filmes vencedores do prêmio de melhor filme (com exceção de Assim Caminha a Humanidade, que venceu apenas o prêmio de melhor diretor, para George Stevens), cada um de uma década diferente: ...E o Vento Levou (1939), Casablanca (1943), Assim Caminha a Humanidade (1956), A Noviça Rebelde (1965), O Poderoso Chefão (1972), Conduzindo Miss Daisy (1989), Forrest Gump, O Contador de Histórias (1994) e Gladiador (2000).
A cerimônia de entrega dos prêmios da Academia acontecerá no dia 26 de fevereiro.

Fonte: Cinema em Cena

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A ÁRVORE DA VIDA lidera indicações na premiação da OFCS

Foram divulgados os indicados à 15ª edição dos Online Film Critics Society Awards. A OFCS é uma associação de críticos de cinema que trabalham com mídia online (e da qual o nosso crítico, Pablo Villaça, é um dos diretores).
O filme que liderou as indicações deste ano foi A Árvore da Vida, de Terrence Malick, com sete ao todo, seguido de Drive, de Nicolas Winding Hefn, com seis. Além disso, a atriz Jéssica Chastain e o diretor Martin Scorsese foram os escolhidos para os prêmios especiais.
Os vencedores serão anunciados no dia 2 de janeiro de 2012, no site oficial da associação.
Confira abaixo a lista completa dos indicados:

Melhor Filme
The Artist
Os Descendentes
Drive
A Invenção de Hugo Cabret
A Árvore da Vida


Melhor Animação
As Aventuras de Tintim
Operação Presente
Kung Fu Panda 2
Rango
Winnie the Pooh


Melhor Diretor
Michel Hazanavicius - The Artist
Terrence Malick - A Árvore da Vida
Nicolas Winding Refn - Drive
Martin Scorsese - A Invenção de Hugo Cabret
Lars von Trier - Melancolia


Melhor Ator
George Clooney - Os Descendentes
Jean Dujardin - The Artist
Michael Fassbender - Shame
Gary Oldman - O Espião Que Sabia Demais
Michael Shannon - O Abrigo


Melhor Atriz
Kirsten Dunst - Melancolia
Elizabeth Olsen - Martha Marcy May Marlene
Meryl Streep - A Dama de Ferro
Tilda Swinton - Precisamos Falar Sobre Kevin
Michelle Williams - My Week with Marilyn


Melhor Ator Coadjuvante
Albert Brooks - Drive
John Hawkes - Martha Marcy May Marlene
Nick Nolte - Guerreiro
Brad Pitt - A Árvore da Vida
Christopher Plummer - Toda Forma de Amor


Melhor Atriz Coadjuvante
Jessica Chastain - A Árvore da Vida
Melissa McCarthy - Missão Madrinha de Casamento
Janet McTeer - Albert Nobbs
Carey Mulligan - Shame
Shailene Woodley - Os Descendentes


Melhor Roteiro Original
Martha Marcy May Marlene
Meia-Noite em Paris
A Separação
A Árvore da Vida
Ganhar Ganhar


Melhor Roteiro Adaptado
Os Descendentes
Drive
O Homem Que Mudou o Jogo
O Espião Que Sabia Demais
Precisamos Falar Sobre Kevin


Melhor Montagem
Drive
Martha Marcy May Marlene
O Espião Que Sabia Demais
A Árvore da Vida
Precisamos Falar Sobre Kevin


Melhor Fotografia
The Artist
Drive
A Invenção de Hugo Cabret
Melancolia
A Árvore da Vida

Melhor Filme Não Falado em Língua Inglesa
13 Assassinos
Cópia Fiel
A Separação
A Pele Que Habito
Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas


Melhor Documentário
A Caverna dos Sonhos Perdidos
The Interrupters
Into the Abyss
Projeto Nim
Tabloid

Prêmios Especiais
A Jessica Chastain, como artista revelação do ano.
A Martin Scorsese, em honra ao seu trabalho e dedicação pela preservação cinematográfica.

Fonte: Cinema em Cena

domingo, 25 de dezembro de 2011

Seleção de curtas-metragens já está no ar

Este ano a Mostra de Cinema de Tiradentes selecionou 84 curtas, representando 12 estados brasileiros. São filmes selecionados para importantes festivais internacionais (como o mineiro Dona Sônia Pediu Uma Arma Para Seu Vizinho Alcides, de Gabriel Martins, recém-anunciado em Clermont-Ferrand, o mais importante festival de curtas-metragens do mundo), multi-premiados em festivais nacionais (L, de Thais Fujinaga; Uma Primavera, de Gabriela Amaral Almeida; Incêndio, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes; Oma, de Michael Wahrmann; Ovos de Dinossauro na Sala de Estar, de Rafael Urban), além de muitos inéditos, que estreiam sua carreira de festivais em Tiradentes.
“A seleção priorizou, novamente, a diversidade e a inquietação formal sem menosprezar o apelo das narrativas tradicionais. De um conjunto de 597 inscritos, extraímos os que dialogam com matrizes estética do presente sem precisar mimetizar os clichês da contemporaneidade. Neles, há estímulo suficiente para pensar a tecnologia e a barbárie civilizada, para indagar as subjetividades em combate ou em afago e para promover vínculos com a experiência. Neles, o cinema de jovens já veteranos encontra aquele produzido por novatos. Reuni-los significa permitir que eles sejam vistos, ouvidos e falados”, afirma Cássio Starling Carlos.
Veja a lista completa de curtas selecionados AQUI.

Mostra Tiradentes homenageia Selton Mello e discute o papel do ator


Celebrando seus 15 anos, a Mostra Tiradentes coloca em evidência um dos principais responsáveis por essa reaproximação entre o cinema brasileiro e seu público: o ator. Propõe como temática “O Ator em Expansão”, visando refletir o papel e valorização do ator no processo de criação do filme: o ator como ideia, como pensamento, como forma e não apenas como corpo a cumprir um objetivo em cena.
“Um ator expandido não significa necessariamente um diretor recolhido. A autoria não precisa ser questão de um único indivíduo, mas sim de um tecido de confecção colaborativa. Um ator-autor, ou uma política do ator, não significa uma substituição do diretor pelo ator, ou sequer um deslocamento do lugar da autoria, mas trata-se sim de uma expansão do lugar do ator no cinema. E qual é o lugar desse novo ator? Certamente não é apenas na tela, nem somente diante da câmera”, explica Cléber Eduardo, curador da Mostra de Tiradentes.
E nesse contexto, em que os atores estarão no centro das atenções não apenas nas telas, mas também nas mesas de debate, a 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes presta homenagem a um dos nomes em maior evidência nas telas do cinema brasileiro desses últimos 15 anos: Selton Mello, que comemora em 2012, 30 anos de carreira.

Fonte: http://www.mostratiradentes.com.br/noticia-detalhe.php?menu=not&codNot=215

Aberta Inscrições do 15 Mostra de Cinema de Tiradentes

Oficinas - Inscrições Abertas

SAv publica cinco novos editais de fomento à produção brasileira

A Secretaria do Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 23, os cinco novos editais que compõem o programa de fomento à produção audiovisual brasileira/2011 do ministério.
São eles:
Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Inéditas de Curta Metragem, do Gênero Ficção, Documentário e Animação – que fomentará a produção de até 25 projetos, destinando apoio individual no valor de até R$ 100 mil;
Edital de Apoio ao Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos Inéditos, de Ficção para Roteiristas Profissionais – que tem o objetivo de selecionar até 13 projetos, que terão apoio individual no valor de R$ 50 mil;
Edital de Apoio ao Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos Inéditos, de Ficção para Roteiristas Estreantes – que irá fomentar a produção de até 10 projetos, com o valor de R$ 25 mil cada; e
Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Cinematográficas do Gênero Documental inéditas – que prevê a seleção de até cinco projetos, destinando apoio individual no valor de até R$ 500 mil.
As inscrições para os editais vão de 28 de dezembro a 10 de fevereiro de 2012 e abrangem todas as regiões do País. Os editais podem ser baixados no site do Ministério da Cultura ou diretamente pelos links acima.

Fonte: Tela Viva News

Anunciada a Cota de Tela para filmes nacionais em 2012

Foi divulgado nesta semana o decreto de Cota de Tela para 2012. Trata-se de um instrumento regulatório Federal que determina a quantidade de dias que o exibidor deve reservar para filmes nacionais, além da diversidade de títulos.
A determinação varia de acordo com o número de salas de um complexo exibidor. Um complexo de cinema com dez salas, por exemplo, deve exibir 490 dias de filmes nacionais (isso significa ao menos duas salas por 125 dias, e uma sala por 240 dias), com uma diversidade mínima de 12 títulos.
A prática de "reserva de dias" acontece em vários países, e, no Brasil, existe desde a década de 30. Atualmente, a "Cota de Tela" é atualizada todos os anos por decreto presidencial. De acordo com o site da ANCINE, os números para 2012 "foram fixados pelo Ministério da Cultura e pela Presidência da República a partir de estudos técnicos elaborados pela ANCINE após a realização de reunião com representantes dos setores de produção, distribuição e exibição da indústria cinematográfica".
Apesar do número de salas exibidoras ter aumentado no último ano (os dados serão divulgados em janeiro), o decreto decidiu manter para 2012 exatamente a mesma cota estabelecida pelo presidente Lula, em 2011. Confira a tabela completa abaixo:

Quantidade de salas do complexo
Cota por Complexo
Número Mínimo de Títulos Diferentes
1
28
3
2
70
4
3
126
5
4
196
6
5
280
7
6
378
8
7
441
9
8
448
10
9
468
11
10
490
12
11
506
13
12
516
14
13
533
14
14
546
14
15
570
14
16
592
14
17
612
14
18
630
14
19
637
14
20
644
14
Mais de 20 salas
644 +7 dias por sala adicional do complexo
14