sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os cinco elementos para escrever um filme de sucesso

Há uma nova guru de escrita no mer­cado, e quer mudar algu­mas das ideias pre­con­ce­bi­das sobre como escre­ver um filme de sucesso.
Mas ao con­trá­rio de mui­tos outros gurus de escrita, esta tem um cur­rí­culo de respeito. Lindsay Doran foi pro­du­tora de fil­mes tão diver­sos como This is Spi­nal Tap, Fer­ris Bueller’s Day Off, A Firma, Sen­si­bi­li­dade e Bom Senso e Stran­ger than Fic­tion.
Foi tam­bém script doc­tor e, recen­te­mente, destacou-​​se por apli­car os con­cei­tos da Psi­co­lo­gia Posi­tiva (ins­pi­rada pelo psi­có­logo Mar­tin Selig­man) à aná­lise de fil­mes bem sucedidos.
As suas con­clu­sões, que tem vindo a divul­gar em con­fe­rên­cias e apre­sen­ta­ções a cine­as­tas, vêm resu­mi­das num artigo recente do New York Times. São muito curi­o­sas e con­vi­dam à reflexão.
Lind­say Doran come­çou a ana­li­sar todos os fil­mes que via à luz dos cinco ele­men­tos que o dr. Selig­man iden­ti­fi­cou como essen­ci­ais para o bem estar humano: emo­ções posi­ti­vas, envol­vi­mento, rela­ci­o­na­men­tos, sen­tido, e rea­li­za­ção.
Da sua aná­lise de mui­tos fil­mes de sucesso, que vão desde o seu pró­prio Fer­ris Bueller’s Day Off a O Padri­nho (The God­father) pas­sando pelo Karate Kid, con­cluiu que há dois des­ses ele­men­tos que se des­ta­cam para quem quer escre­ver um filme com apelo de audi­ên­cia: a rea­li­za­ção e os rela­ci­o­na­men­tos.
Os espec­ta­do­res gos­tam quando os pro­ta­go­nis­tas são bem suce­di­dos e alcan­çam os seus obje­ti­vos (rea­li­za­ção), mas gos­tam ainda mais quando eles par­ti­lham o seu sucesso com os seus par­cei­ros — amo­ro­sos, de vida, de luta, de cama­ra­da­gem (rela­ci­o­na­men­tos).
Há uma sen­sa­ção grande de satis­fa­ção quando vemos um per­so­na­gem com o qual nos envol­ve­mos emo­ci­o­nal­mente con­se­guir alcan­çar os seus obje­ti­vos. É o tra­di­ci­o­nal happy ending.
Mas essa satis­fa­ção é muito maior quando ele tem alguém com quem cele­brar o seu sucesso. É como se os espec­ta­do­res, ao verem a par­ti­lha do sucesso na tela, se sen­tis­sem tam­bém emo­ci­o­nal­mente envol­vi­dos na celebração.
Isto aplica-​​se até nos fil­mes em que o pro­ta­go­nista não é bem suce­dido no seu obje­tivo pri­má­rio. Desde que haja algum tipo de reso­lu­ção do seu rela­ci­o­na­mento com outros per­so­na­gens impor­tan­tes, isso já é o sufi­ci­ente para satis­fa­zer as neces­si­da­des emo­ci­o­nais das audiências.
Segundo Lind­say Doran, “o ver­da­deiro final feliz, aquele que é mais mar­cante e pode fazer as pes­soas que­re­rem ver o filme uma segunda vez, não é sobre a vitó­ria. Pode ser sobre não ven­cer e des­co­brir algo mais pro­fundo e com mais sig­ni­fi­cado do que uma vitória.”
O artigo com­pleto (em inglês) pode ser lido aqui.
Nos pró­xi­mos tem­pos vou olhar para os fil­mes sobre esta pers­pe­tiva. Se che­gar a alguma con­clu­são inte­res­sante pode ser que volte mais tarde a este tema.
E você, o que acha que é essen­cial para escre­ver um filme de sucesso? Deixe a sua opi­nião nos comen­tá­rios deste artigo.


Fonte: João Nunes

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