O Festival “É Tudo Verdade”

Sob a direção do jornalista Amir Labaki, começa ainda esta semana o Festival de documentários É Tudo Verdade. Amanhã, o evento tem início em São Paulo, com o longa Black Power Mixtape, de Goran Hugo Olsson, sobre o movimento negro de 1970 nos EUA. No Rio, o Festival começa no dia seguinte (01/04), com o curta “Imagens do playground” e o longa “…Mas o cinema é minha amante“, ambos do sueco Stig Björkman, sobre a vida e obra do cineasta Ingmar Bergman.

Em análise sobre o tema documentário, Labaki observou a constante transformação do gênero e comentou o fato de os documentários estarem mais receptivos às outras artes do que os outros gêneros do cinema. “Isso nunca foi uma novidade. O documentário é mais permeável e dialoga facilmente com áreas como literatura, música, artes plásticas. Modernização do gênero documental, por assim dizer, pode ser tanto causa, quanto consequência de sua popularização – especialmente no Brasil”, comentou.

Nesta 16ª edição, fica evidente a diversidade de temas, personagens e propostas da seleção competitiva e das mostras especiais, o que reflete os caminhos da produção contemporânea, bem como resgata obras do passado. Um bom exemplo das antigas produções “esquecidas” é a exibição de um curta de Humberto Mauro sobre Castro Alves, que faz parte da Retrospectiva Brasileira, integrada por 15 títulos em torno de poetas e escritores nacionais. Carlos Drummond de Andrade é um dos protagonistas da retrospectiva deste ano. “Poesia É Verdade” convida a conhecer como o documentário nacional tem respondido ao desafio maior de captar em imagem e movimento a força da arte e dos artistas da palavra.

Com toda a programação gratuita, o festival reúne o mais recente da produção documental, além de retrospectivas, conferências e debates. As mostras acontecem em 12 salas espalhadas entre São Paulo e Rio, até o dia 10 de abril. Para mais informações sobre os filmes, debates e programações, acesse o site oficial do evento.

Fonte: Canal Brasil